Minha irmã mais velha tem apenas 1 ano e meio mais que eu, mas nós somos muito diferentes.
Ela é calma, pensa pra falar, estudiosa, adora ler. Estudou Historia da Arte na Italia (chiquérrimo!). É Designer.
No dia que ela completou 25 anos contou que estava grávida. Acompanhei de longe. Eu estava no penúltimo ano da faculdade e praticamente morava fora.
Lembro como se fosse hoje. Minha mãe me ligou no trabalho, na hora do almoço.
-Celinha, a Silvia ganhou nenê. É uma menina! (não se fazia ultrassom pra saber o sexo).
Fiquei com os olhos merejados . A tata era mãe! Era dia 17/10/1989.
Naquela noite não fui pra faculdade. Fui ao hospital São José do Brás ver minha primeira sobrinha. Antes eu comprei, aquela que eu queria que fosse, a sua primeira boneca. Uma Mônica.
Ela era pititica. Menos de 3kg, saudável e bem branquinha.
Cresceu muito inteligente. Cedo foi pra escolinha e com 3 anos sabia o nome das 24 cores da caixa de lápis de cor.
Era o máximo vê-la diferenciar marrom de ocre.
Aos cinco anos os pais foram orientados a colocá-la na primeira série. Tomou gosto pela escola, e aos quinze já saía do ensino médio.
Concluiu o curso de Inglês e começou a dar aula.
Com 18 se formou em pedagogia. Toca violão e guitarra. Praticamente autodidata.
A música a aproximou do alemão. Comprou um dicionário, alguns livros e prestou outro vestibular.
Atualmente faz o segundo ano de Letras Português/Alemão na USP. Mora sozinha, numa republica.
Hoje esta menina, que teve a sorte de nascer numa família maravilhosa, completa 22 anos, e este texto é uma pequena homenagem a todas as suas conquistas. Que assim continue!
Parabéns, Marina, sobrinha querida!
E desculpe eventuais erros. Nunca fui boa nisso!