Na Odontologia, eu tenho muitos amigos e vou aqui, descrever alguns deles.
Tem o Mineiro/Atleticano que casou com uma catarinense, tem duas filhas, é libriano, adora cerveja e conversa fiada;
Tem a fluminense que torce pelo Botafogo. Noiva de um engenheiro com casamento marcado pra este ano, adora maquiagem e odontologia estética;
Tem a paranaense que entende tudo de internet, canta, toca violão, tem um lindo filho mestiço e um marido que adora camisa listrada;
A paulista que mora em jabuticabal, adora TV e BBB. Quando não está assistindo Grays ou Junior Master Chef faz periodontia e tem um marido lindo (segundo ela!);
Uma gaucha que adora suas raízes e as conserva. É apaixonada por odontologia sanitária e atende no postinho com o maior prazer do mundo;
Tem a moradora de Bragança Paulista que tem uma filha aborrescente e um namorado motociclista. É minha personal cozinheitor via net;
Tem uma carioca típica, que adora churrasco, carnaval e futebol. Tem habilidade com fórceps e alavancas e uma mãe que eu adoraria conhecer;
Tem um baiano que faz endodontia e que vive entre Salvador e Castro Alves (!). Esse eu invejo;
E apesar de eu duvidar que existisse, ele existe: Um cara que gosta de Odontopediatria. Gosta não, adora. Esse mora lá em Goiânia;
Tem também o capixaba ortodontista que adora uma escola de samba com nome esquisito, mas toca rock no violão;
Além do outro capixaba, periodontista numa clinica onde todo mundo chama Carlos (hehe) e que tem bom gosto pra presentes;
Sem falar na radiologista, a colega que me ensinou que o AP está no horário de Brasilia, a recém formada carioca, o estudante baiano, entre tantos outros.
Tem a sergipana que largou tudo pra seguir um amor (e não é novela), que alem da odontologia tem o dom da confeitaria;
E a "menina" que adora automibilismo, tem blog e tudo,
E o produtor do mais cobiçado premio do Universo, o Top5.
Viu, quantos amigos!!!
Mas por incrível que pareça, eu que sou uma pessoa tão de pele, adoro um abraço, um beijo, na realidade só pude fazer isso com dois desses colegas.
No proximo dia 28/01, no CIOSP, isso deve ser resolvido.
Parece que não terei o prazer de conhecer a todos pessoalmente, pq a vida tem seus próprios planos, mas, a lista vai diminuir muito. Ebaaaaaa!
Sejam bem vindos!
São Paulo e EU os aguardamos de braços abertos \0/
UPDATE: A grande maioria já mudou de status de amigo virtual pra real, mas ainda tem gente pra conhecer ano que vem! Há muito tempo meu CIOSP não rendia tanto.
Obrigada a todos que dividiram este final de janeiro comigo!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Cicatriz
Paciente com medo é corriqueiro, e nem sempre eles sabem o porque.
Mas a Solange* sabe.
Quando criança foi chamada pra uma consulta com o dentista da escola (sim, nos anos 70 isso existia!!!).
Na ante sala, com cara de poucos amigos ela aguardava como outros, a sua vez.
Pequenos procedimentos eram executados e a porta do consultório ficava entreaberta.
Lá pelas tantas, a criança que estava sendo atendida moveu o rosto bruscamente, o que fez o dentista machucar o seu rosto com o motorzinho (sic). Sangrou!
A Solange entrou em choque. Fugiu.
O trauma criado foi imenso.
Durante anos ela lutou contra ele.
Como desgraça pouca é bobagem, sofreu uma queda e fraturou os dois ICS.
Endodontia, núcleo coroa e muitos encontros com seu "algoz".
Recentemente eu a conheci pra retratar uma endo num dos Incisivos que agora fraturou sub gengival.
Ela me contou esta passagem e diz que não consegue esquecer a cena, e o pior é imaginar a "cicatriz" que o menino carrega no rosto (?). .
Então eu disse:
_Cicatriz??? Não meu bem, o menino deve ter tido um pequeno arranhão. Você viu o sangue e, naquela idade, aquilo lhe pareceu horrível. Uma broca de alta rotação não tem o poder de fazer um corte da magnitude que vc está imaginando. O choro do menino e o sangue foram superdimensionados na sua mente.
Tenho certeza que ele ficou com um arranhão que uma semana ou dez dias depois, tratado com um pouco de Nebacetin® sumiu!
Então, ela visivelmente aliviada disse:
_Ah, se tivessem me explicado assim, em algum momento desses anos todos! Obrigada, me sinto mais aliviada agora!
Pois é, anos de medo, e uma frase de menos de 70 palavras resolveu tudo.
Não sei até que ponto minha explanação foi realmente capaz de aliviar sua mente, mas acredito ter contribuído muito pra que ela enfrente, doravante, sem medo, nós, os dentistas.
Por mais esforço que os terapeutas tenham empenhado para acalmá-la por todos estes anos, nem eles realmente entendem o que aconteceu, naquele dia, há mais de 35 anos numa ante sala do dentista da escola.
Entender o problema, é uma porcentagem enorme da sua solução.
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