domingo, 6 de novembro de 2011

Boliviano nascido no Brasil.

Não posso reclamar da recepção que tive na Espanha, terra do pai do meu marido. Eu não.
No entanto frequentemente tomamos conhecimento do impedimento da entrada de brasileiros em terras espanholas e em outros países da Europa.
Assolados em crise financeira, esses países, tentam com essas medidas impedir que os estrangeiros fixem residência por lá e com isso tomem, dos nativos, postos de trabalho.
Em alguns casos a atuação dos agentes de imigração chega a  causar constrangimentos aos "turistas", que sofrem discriminação e até tortura psicológica.
Por vezes ficam em salas incomunicáveis, sem comer, até serem "deportados".
Por quê aqui, então, o governo é tão permissivo?
Antes que gritem, sou descendente de italianos e sei da contribuição imensurável que estes, os portugueses, espanhóis, alemães e etc. deram para a formação e desenvolvimento do nosso país.
O foco da minha revolta, neste momento, são os bolivianos.
De novo: Não estou generalizando.
Moro na Zona Nordeste da Capital Paulistana. Bairro de classe média baixa.
Já há alguns anos que sofremos com a "ïnvasão" dos dissidentes de Evo Morales.
Durante a semana eles passam amontoados em casas fechadas e úmidas.
Vivem com medo de abrir a janela e serem descobertos pela imigração.
A imigração não entra, mas o sol também não.
Enchem os postos de saúde com problemas respiratórios, e invariavelmente dão endereço errado.
Rapidamente têm filhos, e os registram. Assim sentem-se mais seguros.
Trabalham na sua grande maioria em oficinas de costura, montando peças e ganhando centavos por cada peça. Quase trabalho escravo.
Se revezam em turnos, de forma que as máquinas nunca param.
Assim que conseguem alguma "estabilidade" mandam buscar outros.
Quando não são trazidos por "gerentes" de oficinas já pensando na mão de obra barata. Não reclamam da situação. Têm medo.
Nos finais de semana é que se fazem vistos. Aparecem em grupos e pequenas familias. Tem sempre uma criança "brasivoliana" .
É neste ponto que me pego.
São muitos e ilegais. Entram simplesmente atravessando a fronteira.
Ocupam postos de trabalho de brasileiros e sobrecarregam o sistema de saúde, sem contribuir com um centavo para isso.
Não acho que devam ser discriminados ou enxotados, mas sim termos uma política de limitação de entrada, ou maior fiscalização das fronteiras.
Sinto que tenham más condições em sua terra natal, mas quando os brasileiros, assim pensam, e procuram melhores condições, em situação de ilegalidade em outros países, são deportados quando descobertos.
Desejo apenas que as autoridades imigratórias brasileiras revejam suas ações e protejam os empregos e o serviço de saúde do nosso povo.

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